Se procuramos nos Oito dicionários de português a palavra lusitanista, somente achamo-la em três de eles; e se excluímos lusitanista como adjetivo (relativo ao lusitanismo) e procuramos soamente lusitanista como nome, ficamos com os seguintes significados:
- Estraviz: Estudioso estrangeiro de assuntos portugueses: história, cultura, literatura, língua.
- Priberam: Que ou quem se especializou em assuntos da cultura ou da língua portuguesa.
- Michaelis: Lusitanólogo. Mas o que é um lusitanólogo? Pois um lusólogo. E que coisa é um lusólogo? Aquele que se dedica à lusologia. E que coisa é a lusologia? Pois a Ciência, estudo do que é luso. Portanto, o lusitanista é Aquele que se dedica a ciência, estudo do que é luso. Foi cansativo, mas afinal chegamos.
Neste artigos vamos estudar diferentes agrupamentos de lusitanistas e lusófonos que existem no mundo.
AIL. Associação Internacional de Lusitanistas. Fundada em 1984 em Poitiers (França), a sua sede está na atualidade na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Ao longo dos seus trinta e nove anos organiza dez congressos e edita a revista Veredas. Além do seu próprio sítio na teia de aranha de amplitude mundial, tem presença em Facebook e Twitter. O seu objeto é:
- fomentar os estudos de língua, literatura e cultura dos países de língua portuguesa,
- organizar congressos e publicar as actas,
- preparar e publicar a revista da mesma Associação,
- colaborar com instituições nacionais e internacionais.
ALEE, Asociación de Lusitanistas del Estado Español, o único agrupamento de lusitanistas que não utiliza o português como língua de comunicação. Fundada no ano 2000, tem a sua sede em Palma de Mallorca (Espanha). Organiza um congresso e edita a revista Maresia; o seu objeto é:
- fomentar la enseñanza y la difusión de la lengua, la literatura y la cultura de los países de lengua portuguesa;
- promover entre sus miembros el intercambio de información científica, pedagógica y metodológica, dirigida a los objetivos señalados en el apartado anterior;
- contribuir a la celebración de seminarios y jornadas referentes a la investigación y enseñanza en el campo de la lengua, la literatura y la cultura del ámbito al que hace referencia el punto a), así como a la publicación de estudios de Filología Portuguesa;
- recabar y difundir información sobre posibilidades de estudio e investigación en el campo de la Filología Portuguesa y sobre cuestiones profesionales afines;
- promover el intercambio científico con las diversas disciplinas que puedan contribuir a completar la formación de los profesores universitarios de Filología Portuguesa;
- fomentar la colaboración con las asociaciones de lusitanistas de otros países;
- colaborar en el sentido de lo expuesto en los puntos anteriores con los correspondientes organismos de la Administración estatal, autonómica y municipal, y con cualquier entidad pública o privada, o con cualquier persona física o jurídica, interesadas en los temas a que hacen referencia los apartados anteriores.
AICL – Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia. Fundada em janeiro de 2011, a sua sede está nas ilhas Açores. Nasce a partir dos Colóquios da Lusofonia, uma atividade que realiza-se desde o ano 2002 e que vai por dezanove edições. Propõe um hino da lusofonia com letra de Vasco Pereira da Costa, Concha Rousia e Isabel Rei, e música de Isabel Rei Samartim. Além do seu próprio sítio na teia de aranha de amplitude mundial tem um blogue. Os objetos da associação são:
- Promover encontros científicos.
- Promover estudos universitários e outros.
- Desenvolver ações culturais.
- Promover cursos e bolsas de estudo.
- Desenvolver uma página na Internet dedicada aos estudos e atividades.
- Fomentar a divulgação das obras de autores em língua portuguesa.
- Criar grupos científicos.
MIL: Movimento Internacional Lusófono. Fundado o em outubro de 2010, com sede no Palácio da Independência em Lisboa. O seu objeto define-se assim: Defendemos o reforço dos laços entre os países lusófonos – a todos os níveis: cultural, social, económico e político -, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade. Além do seu próprio sítio na teia de aranha de amplitude mundial, tem presença em Blogger, Facebook, Orkut, Kiva e também em YouTube com 310 vídeos. Tem coordenado o I Congresso da Cidadania Lusófona, e está ligado à revista Nova Águia.
Vemos cá o vídeo do hino que o MIL propõe como novo hino da Lusofonia: “Pátria Lusófona, Pátria Mestiça, Pátria do Mar”, com letra e música de Renato Epifânio e Manuel Ferreira Patrício.