Manuel Antônio Álvares de Azevedo, conhecido como simplesmente Álvares de Azevedo, é um literato carioca nascido em 1831 e morto em 1852. Membro da segunda geração romântica, embora da sua prematura morte aos vinte anos cria uma obra significativa. As suas obras ficam disponíveis em Wikisource, e algumas delas estão disponíveis em LibriVox em formato audiolivro.
Azevedo cultiva quase todos os géneros:
- Ensaio: Literatura e Civilização em Portugal.
- Teatro: Macário.
- Contos: Noite na Taverna.
- Poesia: Lira dos Vinte Anos (antologia), Pedro Ivo, O Poema do Frade e O Conde Lopo (poema épico).
Da sua obra, ficamos com o seguinte poema.
SE EU MORRESSE AMANHÃ
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o doloroso afã…
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!